quarta-feira, 30 de maio de 2007

história para Amorinha

Desculpe, mas eu, Ewerton Clides, simpatizei muito com a história que o André fez para uma criança.

"Havia duas zebras que eram gêmas siamesas. Eram presas pelo rabo. Sabe como que era possível saber como que uma era uma, e outra era a outra? É porque a primeira era preta e branca, e a segunda era branca e preta.

Aí, um dia eu as vi. Percebi que se irritavam muito por serem assim, tão grudadas. Viviam competindo para ver quem era a mais bonita. E ficavam super bravas quando alguém as confundia. Eu, de propósito, disse para a zebra preta e branca, que as faixas branco e pretas dela eram muito bonitas!

A parte preta da zebra preta e branca ficou igualzinha; mas a parte branca, ficou vermelha! E ela ficava tão bonita com raiva, que eu fiz isso mais vezes de propósito. Ela foi se acostumando, e o vermelho de raiva dela foi ficando clarinho, quase rosa. Chegou uma hora que nem fazia mais efeito.

Aí, eu olhei para o lado, e vi que a zebra branco e preta ficava triste que eu não falava com ela. Mais que triste, ficava era com raiva. E um amigo meu que olhava tudo isso de longe, disse que era muito bonito quando as zebras ficavam vermelho e preto juntas. Era assim: vermelho e preto, vermelho e preto, vermelho e preto (agora, passando para a outra zebra) preto e vermelho, preto e vermelho, preto e vermelho. Claro que eu só falei três vezes para ficar mais fácil de entender. Acho que cada uma tinha mais de cem listras.

Chegou uma hora e sabe o que eu fiz? Eu tirei o nó que ligava as zebras pelo rabo.

Depois de um mês, as zebras vieram juntas falar comigo. Disseram que preferiam antes. Disseram que estavam sentindo falta de quando sentiam falta de liberdade. Mas eu disse que zebras queridas, agora é só vocês andarem juntas. Que vocês podem ficar juntas o tempo que quiserem. Se quiserem ir ao banheiro, por exemplo, não precisam passar por aquele constrangimento todo!

Mas elas ficaram vermelhas e pretas (ou pretas e vermelhas?) (foi tão bonito!), e disseram:

- Amarra logo nosso rabo!"

sexta-feira, 18 de maio de 2007

FOOOOOOOOOOoooooooooom!

Eu sou um sujeito muito focado no que eu faço. Na minha vida inteira, nada pôde me tirar da sociologia. Sempre que eu estava escrevendo um texto sociológico, e vinha alguém interromper, eu dizia: - " ". Isto mesmo. Eu nada dizia! Pois que a pessoa ficava com cara de tacho e saía do meu caminho.

Mas acontece agora que não tem mais como ignorar. Eu bem tento, mas não dá!

É uma tal de Juliana. E ela nem vem a mim. Eu é que penso nela até quando não quero! Estava eu começando a teoria das teorias teorêmicas ewertonclidianas, quando penso Juliana. Ewjuliana.

Cansei, não consigo mais escrever nem isso. Juliana não sai de mim, Ewerton Clides. Nem se eu quiser. Nem se ela quiser! Por que isto foi ocorrer bem quando eu tenho oitenta e dois anos de idade? E por que eu fui ter uma influência logo agora, tão velho?

- Influêêêência, Ewertinho?

Sim, de Fauro Goares! Tamanha influência, a dele, que agora escrevo ouvindo Sidney Magal! E ainda deixo que me chamem no diminutivo! E só o primeiro nome! Tem alguma coisa muito errada.

Eu nunca gostei, mas é tão bom errar assim!

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Gangorra múltipla, minha gente!

Eu, Ewerton Clides, passei um tempo ausente neste brilhantérrimo espaço. Tanto tempo, que volto e escrevo a palavra "brilhantérrimo" na primeira linha! Não é estrondoso?

E Estrondoso na terceira!

Mas falo disso para dizer que se estive ausente aqui, é que estive presente em outros lugares. É como uma gangorra múltipla, em que mais que duas crianças pudessem brincar. Não necessariamente crianças, podem ser adultos também, mas não creio que eles se divertiriam tanto. E a diferença de peso entre os adultos é muito maior, o que dificulta o andamento de uma gangorra, quanto mais uma gangorra múltipla!

Então, se uma gangorra está caída para um lado, está necessariamente elevada em outro!

Foi o que aconteceu nestes últimos tempos. Por eu estar fora deste espaço, estive mais presente em outros!

Vejam só o que não é a sociologia. Até uma gangorra ganha fator sociológico quando é inserida nela! E, além de fator sociológico, ganha lugares extras! Isto me dá uma taquicardia alucinógena.

Neste meio tempo, quebrei o braço. Mas meu editor não sabia disso, e veio buscar um livro que lhe havia prometido há algum tempo. Ele veio, viu que eu estava dormindo, e pegou a pasta em que tenho meus escritos. Sabe o que ele levou? Setecentas e vinte e nove páginas escrito "Eu, Ewerton Clides, amo a Juliana!". Com algumas variações, é óbvio.

NÃO! Eu sei que você pensou que as variações foram no nome! Mas nunca! Juliana estava em todas as frases. As variações foram na palavra "amo", que fora algumas vezes substituída por "adoro", "babo" e "passaria manteira e lamberia com arrepios no dedão em".

Eu sei que todos vocês sentiram falta de mim, mas eu não senti falta de vocês, porque a sociologia me ocupa inteiro!

(Fiquei vermelho porque alguém insinuou que a sociologia se chama, na verdade, Juliana)

quarta-feira, 2 de maio de 2007

"Vá, André, escreva lá tudo o que eu disser!

Primeiramente, apresente-se, como é comum. Mas deixe um espaço para que o leitor possa pular esta apresentação porque não é você quem interessa. Quem interessa sou eu, Ewerton Clides. Você interessa a mim, neste momento, para digitar tudo o que eu disser, já que quebrei meu braço. Te contei como foi que quebrei? Não vá contar para ninguém!

Estava eu cortando unhas do pé de pé, quando eu ia caindo de cabeça na privada. Como não queria chocar a minha cabeça brilhante na privada. Sem este risinho cínico!Brilhante não é pela ausência capilar! Brilhante pelas idéias, meu caro!

Pois que as unhas dos meus pés estavam crescidas e eu fui cortá-las. Como possuo imenso equilíbrio, dei-me à graça de cortá-las de pé: foi meu erro!

Ora, você deve ter estranhado que errei! Na verdade, uma barata que passava pelo lado de fora da janela me distraiu! Você também deve estranhar que eu tenha me distraído! É que tenho meus projetos de sociologia baratinóica! Então na verdade eu não me distraí, somente me concentrei a mais em outra coisa!

Eu ia cair de cabeça, e para não bater a cabeça, bati o braço! Assim, o braço quebrou-se! Quebrou-se o que era osso!

Por isso é que fiquei uma semana sem escrever neste ilustríssimo espaço! Desde o princípio disse a mim mesmo que não toleraria o passar de uma semana! Então sou obrigado a ditar minhas idéias a você! Espero que não estranhem!

Olha, silêncio, ouviu? Já fez a sua apresentação? Posso começar meu brilhante artigo? Posso? Posso mesmo? Você tem certeza de que pode acompanhar com seus dedos o ritmo de meus neurônios? Sabe quantos neurônios exatamente eu tenho? Eu também não!

Vá, comece!

Ilustres leitores! Como passaram esta semana perante minha ausência? Eu, Ewerton Clides, imagino que muitíssimo mal! Não somente imagino, como assim o espero! Se assim for, é um sinal de que a sociologia está sendo bem implantada para não ser jamais excretada!

Nesta semana, não escrevi aqui por motivos pessoais. E o que é pessoal não importa.

Olha, ditando não é possível. Sociologia requer dedos em sincronia! Quando muito, a mão em sincronia com o lápis, ou com a caneta. Quando eu melhorar do braço, escrevo eu mesmo. Passar bem!"