sábado, 31 de março de 2007
Sobre a escassez de comentários e cabeleireiros unisex
Não há comentários por:
a) Não ter quem discorde, já que a sociologia pura é irretocável.
b) Não ter quem elogie, já que a sociologia é inalcançável.
c) Não ter quem acrescente, pois a sociologia já é completa.
d) Não ter quem tussa, uma vez que a sociologia é anti-gripal.
e) Não ter quem sinta inveja, pois a sociologia encanta até os invejosos.
Um leitor desavisado pensará que é somente por alguma das resoluções anteriores. A ele, eu, Ewerton Clides, digo: TODAS AS RESPOSTAS ESTÃO CORRETAS.
Quanto a cabeleireiros unisex, eu acho que deveriam cortar cabelos de homem e mulher ao mesmo tempo!
TutanCÁMÓN
O ônibus passou a 68 quilômetros por hora.
- À sociologia, Ewerton Clides, não à física!
Desculpe.
O ônibus estava muito rápido, e eu, Ewerton Clides, estava havia muito tempo esperando o ônibus. Ele estava lotado, sim, e não parou.
Olhei para dentro - é claro que rapidamente, já que, como é sabido, o coletivo estava a 68 quilômetros por hora -, e percebi que todos em que lá estavam gostariam de ser Tutamcamon.
Se eu dissesse isto numa faculdade, a discussão seria: TutanCÁmon ou TutancaMÓN?
Pois eu digo para todos: TutanCÁMÓN foi muito rico, mas morreu aos quatorze anos.
O mel
O de Durkheim, o primeiro que li! Ah! As horas que eu passei sem compreender o moço, o achando com cara de bobo! Imaginei primeiramente que ele deveria ser um babaca! Falei isto aos meus colegas, e todos pediram para ler de novo. Então me acostumei menos, mas ainda achei que lhe faltava sexo! A partir da décima nona leitura, pude esquecer que ele é um imbecil e passei a amá-lo constantemente.
Eu ia citar outros livros, mas quero falar mais de sociologia! O que importa o que EU li? Você não está interessado nisso, aposto. Você quer saber o que eu, Ewerton Clides, produto magnífico de uma sociedade decadente, penso da magnífica sociedade decadente.
Penso que a tristeza é como mel. É ruim para quem faz - porque é vômito da abelha -, mas é graciosamente degustada pelos outros com gosto doce.
sexta-feira, 30 de março de 2007
Sociologia x Vegetarianismo
Eu, Ewerton Clides, gosto muito de batata. Muito mesmo. Chego a gostar tanto de batata, que quando chego em casa, e minha mãe diz: "Ewerton Clides, hoje tem batata!", dou um sorriso com as duas partes da boca - acho que minha boca se anima com o gosto que em breve irá a ela.
Este primeiro parágrafo pôde elucidar claramente o apreço que eu tenho pela batata. Pois assim sinto-me imparcial para fazer as proposições que vêm em seguida.
É que eu, Ewerton Clides, receio que a prática do vegetarianismo atrapalhe a nossa tão querida sociologia! Explico.
A sociedade ideal seria aquela formada somente por sociólogos. O vegetarianismo requer sempre - SEMPRE - a ajuda de um nutricionista. Ora, se há somente sociólogos na nossa sociedade ideal, faltará um nutricionista! Assim não nos alimentaremos adequadamente!
Pensei isso ontem enquanto tomava meu café da manhã e fiquei preocupado.
Adeus!
Estudos Sociais x Ciências sociais
Eu, Ewerton Clides, sou um profundérrimo conhecedor das ciências sociais. "Profundérrimo" por ser mais profundo do que o que a palavra "profundo" propõe.
A palavra "profundo" diz sobre o fundo do poço. Eu, Ewerton Clides, estou muito além.
Estou aqui por conta de uma intriga entre a parte esquerda e a parte direita de meu cérebro. A parte esquerda quer que eu ensine ciências sociais para as faculdades; a direita, estudos sociais para crianças.
Receio que fique com a esquerda, pois assim não terei que pensar tanto!
Sociologia e acumputura
Mas eu, Ewerton Clides, não venho para falar de ventos de monções. E sim de sociologia e acumputura.
A acumputura dá certos choques por vias de agulhas. E a sociologia, por sua vez, estuda os eventos sociais humanos. Agora, imaginem o que proponho:
Se dermos choquinhos por vias de agulhas em eventos sociais, podemos consertar suas falhas sem provocar efeitos colaterais!
A igualdade do socialismo sem a repressão; a liberdade do capitalismo sem a desigualdade; essas coisinhas!
Eu, Ewerton Clides, por aqui fico.
Tchau!
Fato social #2
Perambulava eu, Ewerton Clides, na rua Jacu Pêssego. Um desconhecido veio até mim e disse:
- Você sabe que dia é hoje?
Eu sabia, mas não disse. Perguntei-lhe que horas eram.
- Nove e meia!
Desconfiei rapidamente daquele sujeito. Eu, Ewerton Clides, não confio nas pessoas que arredondam as horas, mesmos quando estas estão em horários redondos.
Meu telefone móvel tilintou e tremeu. Pensei: - Deve ser uma chamada! Será que é para mim?
- Alô, quem fala é o Ewerton Clides. Ramón de quê? Não, eu não sou o Ramón Carranza, senão, como disse anteriormente, Ewerton Clides. Não tem problema, as pessoas erram muito na hora de digitar. Eu o entendo, embora nunca tenha acontecido comigo. Adeus.
Senti tocarem meu ombro.
- Ewerton, vo
- Por favor, não abrevie. Ewerton Clides.
- Ewerton Clides, você sabe que dia é hoje?
- Que horas são?
- Nove e meia!
Sorri apenas com o lado esquerdo da boca. Ergui meu nariz por volta de 1,7cm (desculpo-me pela imprecisão, mas naquele momento eu não possuía uma fita métrica. Fora que seria coergido de usá-la naquele instante) e segui em frente.
Ora. Duas pessoas deste relato me perguntaram o dia: você deve estar curioso. Pois lhe digo:
Era uma terça-feira.
quinta-feira, 29 de março de 2007
Sem título
A Fanta Uva, não fosse assim cheirosa,
seria somente roxa.
Mas de tão cheirosa,
e como percebi pelas borbulhas,
gasosa,
me fez lamber a camisa.
Minha camisa era branca, quando me derramaram Fanta Uva.
Não percebi quem foi, mas agradeço,
por agora ter camisa colorida,
gostosa,
e, sociologicamente,
cheirosa.
Consubstantinopla
E quando sinto alguma coisa em minha coxa, penso: "Calma, Ewerton, ele só quer passar."
Logo após este pensamento, repenso: "Ewerton Clides, prometa a si que nunca mais chamar-se-á de Ewerton."
"Prometido, Ewerton Clides."
magnificência excremental
Ato primeiro da constituição romana em versos etíopes
Dias murcham todas as flores.
A rosa tem espinhos
e se defende como a concha
finge que é mar.