quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Pintas & pintos

Eu, Ewerton Clides, determinei na década de 50 a classificação sociológica dos ruivos como nível interessante/interessantíssimo.

Ruivos, como se sabe quem os olha por uma vez, têm muitíssimas sardas. E, apesar de não serem cenouras, abóboras, ou mesmo laranjas, são laranjas! As sardas é o que nos interessa; a cor laranja, coloquei aqui para dar-nos diversão, embora pareça um desvio sociológico. Mas como este texto é escrito por mim, Ewerton Clides, o leitor logo se apercebe de que o desviado é ele, não eu.

Ora. Já cometi muitos desvios sociológicos. Não queria continuar falando sobre isso, porque é uma divagação plena e absurda, mas vocês leitores pedem como se fosse de uma verdadeira graça que eu me desviasse sociologicamente.

Vocês perceberam a graça do parágrafo anterior? A graça nele está na mentira de que já cometi muitos desvios sociológicos! A sociologia é uma faixa de pedestres na qual só podemos pisar nas faixas brancas. O resto, o asfalto pode onde os carros passam, não nos interessa! O que fiz agora foi pisar na faixa branca, com o flanco do sapato encostando o asfalto.

Depois limparei meu sapato.

Mas eu falava de ruivos. As pintas deles são valiosíssimas em nossos estudos porque nunca estão sós. Os ruivos que se prezam sempre possuem inúmeras pintas. E como um conjunto, são dignas de serem estudadas.

Já as pintas sozinhas, urgh, têm até pêlos! Desculpem o desvio sociológico ao inserir neste texto uma onomatopéia, mas pêlos me eriçam os pêlos que me restam na nuca!

Tudo isso para, agora, falarmos de pintos. Eles são amarelos e vieram de uma galinha.

Quero dizer, meus leitores sociológicos, é que adoro ver que nasceu um pinto novo, pois assim um ovo deixou de ser fritado.

E eu, Ewerton Clides, detesto ovo frito.

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