quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Quê?

Milhões de pessoas lambem os lábios para deixá-los mais secos, mesmo que este ato os deixem - os lábios - mais ácidos.

Uma vez, vi três sujeitos parados na rua lambendo os lábios. Perguntei-lhes por que lambiam os lábios, uma vez que milhões de pessoas lambem os lábios para deixá-los mais secos, mesmo que este ato os deixem - os lábios - mais ácidos.

Enquanto eles respondiam, tive a idéia de usar este pensamento no começo de um texto. Pois este pensamento me desviou da resposta, e disse-lhes:

- Quê?

"Não sabíamos que ficava mais ácido", eles respondiam. "Mesmo de posse desta informação, não pararemos de lamber nossos lábios: a sensação é ótima."

Se eu disser que eles disseram tudo isso juntos, unissonamente, você acreditaria? Bem,

(A separação de parágrafo após esta vírgula foi proposital.)

Você acreditaria porque seria dito por mim, Ewerton Clides. E uma pessoa pessoa como eu... Bem,

Uma pessoa como eu, não existe. Mas eu, Ewerton Clides, não diria uma mentira em um texto assinado por mim mesmo! Quando eu minto, digo: - Menti! E quando não minto, não digo nada: nem que menti, nem que não menti.

Curioso seria se eu dissesse que menti quando na verdade não menti!

Bem,

A razão por que fiz este texto é tal: - Há coisas boas que fazemos mesmo que nos façam mal. Tem gente que pula, mesmo que doa as articulações; tem gente que toma café, mesmo que não durma; e tem gente que fuma, mesmo que câncer.

E eu, Ewerton Clides amo uma moça, mesmo que o namorado dela me corte partes do corpo.

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