domingo, 29 de julho de 2007

Depende?!

Eu, Ewerton Clides, vou dizer como testo as pessoas. Testava. Porque após dizer aqui, jamais poderei testar de novo, porque todas as pessoas que me conhecem - as dignas de teste - lêem tudo que publico.

- Eu, Ewerton Clides, posso pedir-lhe um grande favor?

Peço assim, com voz ligeiramente aflita, como se realmente necessitasse de um favor enorme. Como se minha calma, e estabilidades sociológica, física e financeira dependessem do favor que somente a pessoa poderia fazer por mim.

Mas tomo cuidado sempre com minha fama. Porque não conheço alguma pessoa que não deseje fazer-me um grande favor. Então este teste tem que ser feito sempre depois de intimidade alcançada, que permita a pessoa sentir-se segura com minha amizade, a ponta de se permitir a preguiças.

A resposta da pergunta é variada. Tem gente que diz:

- Claro, Ewerton Clides, eu farei o favor sem o menor problema!

Então eu sei que posso confiar nesta pessoa. Mas há os que dizem:

- Não, Ewerton Clides, agora não dá.

E também tem quem diga:

- Depende.

Resposta por resposta.

A primeira é a resposta que mais me agrada ouvir, pois sei que posso confiar na pessoa nos maiores intempéries. Ela, sem saber do que eu, Ewerton Clides, necessito, fará. Para ela, o meu conforto está a frente dos caprichos dela. Então esta pessoa passou no teste. Em resposta, posso dizer-lhe:

- Por favor, diga-me que horas são? - quando não desejo que ela saiba que era um teste.

- Parabéns! - assim o faço quando a pessoa me surpreende, e ela saberá que é um teste.

Agora, se a pessoa me dá a segunda resposta, a negativa, ela não passa do teste. Mas também não será eliminada. Assim porque ela não pode conceder-me o favor ou por preguiça mesmo - o que a caracterizaria eliminada -, ou então porque há alguma coisa que lhe impeça, então não há problema. Isto porque ela poderá ter outras amizades, e estar em um momento de favor a outro amigo, o que significaria lealdade.

E a terceira resposta: - "Depende." É a mais irritante! Tão irritante, que me exalto quando ela vem! "Como depende?!", lhe pergunto! E ela fica encabulada, me olha com preguiça, e reintera que depende da dificuldade do favor!

Ora essa! Eu, como grande sociólogo que sou, não admito amizades preguiçosas!

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